
Turma,
Segunda feira temos aula com o Pilan e Alfredo sobre cessaçao do tabagismo.
Vajem so a figura que a Adriana aluna do curso deixou como contribuiçao! (basta clicar na imagem com o botar direito para salvar uma cópia)
Segue notícia importante do INCA, a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu o tema ”Juventude Livre do Tabaco” para celebração do Dia Mundial sem Tabaco 2008 (31 de maio).
O tabagismo é considerado pela OMS uma doença pediátrica, pois a maioria dos fumantes experimenta seu primeiro cigarro e se torna dependente antes dos 18 anos de idade. Por serem os jovens mais vulneráveis às estratégias de propaganda e marketing desenvolvidas para captar novos consumidores, observam-se números preocupantes: cerca de 100 mil jovens começam a fumar todos os dias.
O Dia Mundial sem Tabaco oferece uma grande oportunidade para propor reflexões sobre o consumo do tabaco para toda a sociedade brasileira, sobretudo para profissionais de saúde e de educação, formuladores de políticas públicas e legisladores brasileiros.
Em breve serão divulgadas as ações programadas para o Dia Mundial sem Tabaco 2008, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Câncer, o Ministério da Saúde e parceiros, entre eles a Secretaria Nacional Antidrogas e o Ministério da Educação.
Fonte : INCA
E o glossário cooperativo? quem ja experimentou???

Um comentário:
Cara de velho, cabeça de velho
Rugas podem ser decisivas para comprar cigarro no Japão. Máquinas que vendem cigarros no Japão podem começar em breve a contar as rugas para verificar se quem está comprando tem idade suficiente para fumar. A idade legal para fumantes no Japão é de 20 anos.
QUANDO FICOU SABENDO que as máquinas de vender cigarros seriam equipadas com um dispositivo capaz de avaliar a idade do comprador pelas rugas de seu rosto, ficou irritado e preocupado. Irritado porque, apesar de ter apenas 13 anos, era um fumante inveterado, consumindo pelo menos uma carteira por dia, e não admitia que alguém tentasse impedi-lo de fazer isso. Várias vezes a mãe, viúva (o pai falecera quando ele era ainda criança), pedira que o filho deixasse de fumar; ele sempre respondia com impropérios. "Sou dono do meu nariz", gritava. "Pouco me importa se o fumo faz mal ou não, eu quero fumar e vou continuar fumando."
O problema, portanto, não era a mãe. O problema era a máquina. Com a mãe podia gritar, a mãe podia ser intimidada; a máquina não. Se a implacável lente mirando seu rosto transmitisse para o computador uma imagem incompatível com o rosto de um adulto, ele estaria simplesmente ferrado. A máquina era o lugar onde sempre comprava, porque em outros lugares jamais lhe venderiam o produto.
Só havia uma coisa a fazer: arranjar cara de velho (velho, para ele, era qualquer pessoa com mais de 20 anos). Mas de que maneira? Menino inteligente, várias possibilidades lhe ocorreram. A primeira: usar, diante da máquina, uma máscara de velho, dessas que são vendidas em lojas de disfarces. Mas isso seria um problema. Se, diante da máquina, colocasse a máscara, não faltaria alguém para denunciar a fraude aos responsáveis, o que seria no mínimo um aborrecimento.
Outra possibilidade: maquiagem. Tinha uma vizinha que era maquiadora profissional, poderia lhe pedir que o transformasse num ancião, ou pelo menos num adulto capaz de comprar cigarros. Mas isso exigiria que a procurasse periodicamente. A moça acabaria cansando dessa história. Além disso, a idéia de andar maquiado pela rua não lhe agradava.
Só restava uma alternativa: ficar mesmo com cara de velho. Sabia que rugas aparecem com o tempo, com as preocupações, com o sofrimento.
Mas poderia acelerar esse processo, mediante esforço pessoal. E foi o que fez: todos os dias ficava na frente do espelho, franzindo a testa, contraindo a face, tudo para produzir rugas. E rugas começaram mesmo a surgir, ou pelo menos assim ele o achava.
Mas ao mesmo tempo uma estranha mudança começou a ocorrer. Ele agora se sentia velho, olhava o mundo com olhos de velho, e de velho rabugento. Já não podia suportar garotos barulhentos, garotos desaforados, garotos que não respeitavam pessoas de idade.
A todo instante repreendia seus amigos, para espanto deles -e para espanto dele próprio. Meu Deus, pensava, não é que as rugas estão mesmo me envelhecendo? Só havia uma solução: parar de fumar. Foi o que fez. As rugas sumiram. Uma tossezinha seca que o incomodava sumiu. Não briga mais com a mãe. E aguarda com tranqüilidade o dia em que se transformará num velho, enrugado, mas contente consigo próprio.
MOACYR SCLIAR escreve, às segundas-feiras, um texto de ficção baseado em notícias publicadas na Folha
Postar um comentário